“Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta” Eclesiastes 7.10
Parece que foi ontem que eu brincava no recreio, gritava e cantava, me fantasiava de heroína ou bailarina…
Parece que foi ontem que eu conheci o mar, corria das ondas e não podia avançar… construía castelos de areia e não tinha com o que me preocupar.
Parece que foi ontem que eu sonhava com um amor… reparava no sol, na flor e no luar…
Parece que foi ontem o meu primeiro beijo, o andar de mãos dadas e o acelerar do coração.
Parece que foi ontem quando eu não usava maquiagem, não necessitava de dieta e nem precisava me embelezar.
Parece que foi ontem…
Hoje quando olho o espelho, reconheço a bailarina crescida, a heroína do dia-a-dia que enfrenta um mar de preocupações, vive ondas de decepções e não constrói nada na areia.
Vejo ainda alguém que ama mesmo sem sol, flor ou luar.
Alguém que ainda gosta de beijo, andar de mãos dadas e sentir o coração acelerar .
Percebo atrás da maquiagem as marcas do tempo, do amadurecimento, e do crescimento que se deu ao longo dos “ontens” vívidos e vividos.
Olho para o passado com o olhar da criança, para o presente com o coração de mulher e para o futuro na dependência do meu Deus: o mesmo ontem, hoje e eternamente!