“Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse:
Foi concebido um homem! “ Jó 3:3
Amanhece o dia.
parece um dia comum, como tantos outros.
O sol brilha num céu de imensidão azul.
A cidade grande desperta para o trabalho.
O barulho do labor exala.
Os automóveis tomam conta da rua.
O tempo passa contado a conta gotas pelo tic-tac.
O relógio conduz os passos, os compromissos, os batimentos cardíacos.
Em meio a rotina cotidiana, há um silêncio estranho.
Onde está você?
Não ouço sua voz..
A minha procura acaba diante de seu silêncioso corpo inerte.
Você partiu e deixando muitas interrogações:
Como pôde , com tanta vida pela frente, escolher a morte?
Por que você decidiu ir tão cedo?
Por que nossa companhia não foi suficiente?
Por que nossas palavras não chegaram ao seu coração?
Por quê d desesperança, da desistência, do adeus calado?
Você diz sem palavras que fomos incapazes de amar como se deveria amar.
Essa é a maior dor de quem não compreende essa despedida.
É a dor de quem tinha tanta coisa para dizer,
tanto abraço a dar, tanta vida para viver com você.
Você não esperou ser chamado, decidiu ir.
Quis cessar sua dor e nos deixou com a mais profunda delas, a dor da saudade..