SAVASSI

Numa época em que a moçada nem sonhava com celular, a Praça da Savassi reunia em suas esquinas lojas conceituadas como Toulon, Arezzo,Getúlio, Gypsi, Bué e ainda kopenhagen, Doce Docê, Abelha Gulosa e o Cine Pathê.
Savassi era lugar agradável para se frequentar aos fins de semana, café, cinema, restaurantes…Era o ponto das “cocotas e cocotosbelorizontinos.
Não havia dúvida! Era a passarela da moda do bom gosto, lugar de namoros e romances, lugar de gente bonita.
Hoje as esquinas da Savassi reúnem lojas de operadoras de celular Oi, Tim , Vivo, e ainda abriga o fast food mais famoso do mundo: Mac Donald`s.
Uma geração diferente tomou conta das noites na Praça da Savassi, acostumada às facilidades da telefonia celular, marcada pela rapidez dos fast foods, imediatismo da internet, geração moldada pelos rítmos musicais sem letras e sem conteúdo, geração que se comunica através de siglas e meias palavras e não toleram limites!
Geração que busca identidade nos iguais, todos entre 12 e 17 anos, vestidos de preto, acessórios de corrente, cabelos espetados ou franja de lado.Na mão cigarro ou garrafas de bebidas alcoolicas, no corpo muito piercing, tatuagem e muita droga!
Que juventude é essa?
A modernidade em geral tornou a Praça da Savassi um grande ponto, ponto de interrogação!
É homem ou mulher? ( talvez os dois)
é adulto ou criança? ( corpo de criança, experiência de adulto)
são bandidos ou vítimas? ( tem os dois!)
o que pensam? ( em tudo , menos no amanhã)
o que fazem? (vivem o imediatismo!)
têm perspectivas? ( não boas!)
têm família? ( talvez casa…)
onde estão os pais? ( do outro lado do celular, talvez…)
Qualquer pai ou mãe responsável, que não abre mão da responsabilidade de educar,
deve dar uma voltinha nas noites da Praça da Savassi e enxergar com os olhos do coração a ponta de um iceberg que aponta para a fragilidade da base familiar dessa geração do século XXI.




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